O governo Dilma Rousseff melhorou a renda dos pobres, mas não solucionou seus níveis miseráveis de acesso a emprego e educação.
É o que revela um indicador que o próprio governo federal usa para
analisar a pobreza no país, cuja base de dados de dezembro de 2012 a
Folha obteve por meio da Lei de Acesso à Informação.
Chamado de Índice de Desenvolvimento da Família (IDF), ele é aplicado ao
Cadastro Único (banco de dados federal sobre famílias de baixa renda) e
possibilita uma mensuração detalhada da situação do pobres.
Em vez de definir a pobreza só pela renda, como faz a propaganda
oficial, o IDF a divide em seis dimensões: vulnerabilidade da família,
disponibilidade de recursos (renda), desenvolvimento infantil, condições
habitacionais, acesso ao trabalho e acesso ao conhecimento.
Cada uma delas ganha uma nota, que varia de 0 a 1, onde 1 significa que a
família tem todos os direitos fundamentais ligado a cada dimensão
garantidos, e 0 significa que tem todos eles violados.
Juntas, essas seis notas criam uma média geral --que, no caso dos pobres brasileiros, está em 0,61.
O índice de renda, por exemplo, está acima da média: 0,63. Essa
performance tem relação com as mudanças feitas no Bolsa Família, que
elevaram o orçamento do programa em cerca de 67%, chegando a R$ 24
bilhões.
A última ampliação, feita em 2013 e portanto não captada pelos dados
obtidos pela reportagem, concedeu um complemento para quem tivesse
rendimento mensal per capita inferior a R$ 70 --considerado pelo governo
teto para caracterizar a miséria.
Leia mais em: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/05/1285016-maior-renda-nao-erradicou-miseria-social.shtml
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